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cartolinaamarga



Domingo, 11.06.17

De ontem #1

Senti vontade de escrever, de passar para a folha tudo o que estava a sentir e então cá vai (peço já desculpa pelo testamento): Tenho vontade de fugir, desaparecer. Está tudo tão turvo na minha cabeça, tudo tão complicado. Têm sido dias em que tenho recordado o passado com tudo de bom e de mau que isso acarreta. São sempre conversas dolorosas, de grande introspecção e até acho que sou uma pessoa que se conhece suficientemente bem. Mas não sei, ando sem vontade para tudo. A única vontade que tenho ultimamente é de comer, parece que essa vontade nunca acaba e sinto- me um pouco descontrolada sem poder tomar controlo desse meu desejo. E com isso vejo os dígitos na balança a aumentar, a barriga a crescer e as pernas a alargar. Não era suposto engordar agora, agora que está prestes a chegar o verão e se querem roupas mais leves, mais curtas e mais justas. Não consigo dizer chega nem consigo controlar a vontade de comer. Por outro lado, hoje não consigo ter uma pessoa em quem confiar, a quem contar os meus problemas, os meus receios mais íntimos. Estou rodeada de pessoas, porém umas só conseguem enxergar os seus próprios problemas, com outras tenho uma espécie de relação maternal e não consigo inverter os papéis de forma a ser eu a pessoa que precisa de ajuda, outras pessoas ainda que estão diferentes comigo, sei lá. Já não me procuram para contar as coisas e o entusiasmo deles a falar já não é o mesmo. Até pode ser paranóia minha mas a verdade é que desejei a toda a gente boa sorte para a época de exames que se avizinha e a mim ninguém o fez. Isso marcou-me, embora não o tenha dito. Esta foi uma das mudanças que ocorreu depois do término da minha relação, ele era a pessoa a quem eu contava e confiava tudo e tendo ele desaparecido fiquei sem essa base. Por acaso, calhei de no outro dia falar com a minha antiga (e única) melhor amiga, amiga essa de infância, amiga essa que me conhecesse melhor que tudo e todos e a amiga com quem tive uma conexão única e irrepetível. Por isto, é que mesmo estando afastadas tanto tempo quando voltamos a falar é tudo tão normal, tão natural, como se o tempo de afastamento realmente não tivesse existido. A preocupação e o amor continuam lá. (Continua...)

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Terça-feira, 06.06.17

Aquele aperto

Hoje recordei o passado e com ele, sem contar, o meu primeiro grande amor. Aquele amor louco, sem razão nem proporção. Dizem que não há amor como o primeiro não é? Pois é, o que custa lembrar é exatamente isso: que por muito tempo que passe e que a vida dê voltas, lembro-me sempre do meu ponto de partida - ele. Custa lembrar que nunca vou ter amor igual (e ainda bem porque hoje não me revejo em nada da pessoa que era com ele), que nunca mais vou ter aquele sorriso e aquela pele bronzeada, que nunca mais vou ter aquela voz rouca a dizer "tenho saudades tuas miúda". Custa ainda mais perceber que eu nunca mais vou ser essa tal miúda e que esses tempos de inocência e isentos de responsabilidades não se vão repetir. Amei-o com todas as forças que tinha e as que não tinha e até à pouco tempo acreditei que a nossa história de amor dava um belo livro. Pois, mas não houve nossa história, nunca. Houve só a minha, solitária. Embora saiba que não fui só mais uma para ti mas amor, ah, esse nunca existiu. E hoje, por curiosidade, ao ver a sua rede social dou-me conta que finalmente assumiu a sua relação perante o mundo, sem medos e sem reticências. Se em 11 anos nunca o fez, porquê agora? Saber a resposta a esta pergunta é exatamente o que mais me magoa. Se ele o está a fazer agora é porque o casamento ou o juntar de trapinhos está para breve. E não, não se enganem a achar que eu já não sabia que isto iria acontecer, mais cedo ou mais tarde. Mas isto encerra em definitivo toda a nossa história (que já está acabada à bem mais que um par de anos), encerra a hipótese da rapariga que existia voltar e encerra a vida (mais ou menos) boémia que ele viveu até agora. Incrível como mesmo passado tanto tempo ainda fiquei com a voz embargada ao ver aquilo, incrível como nunca alguém vai conseguir tocar-me e domar-me como ele. Incrível. Doeu-me por ti, por mim e pelas algumas vezes em que fomos um nós. Até sempre, h.

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Domingo, 04.06.17

Época de exames a chegar

... e voltam os medos, de falhar, de desiludir e de não atingir as metas que tenho traçadas e delineadas.

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